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Costa do Sal” é o nome popular de uma região localizada na margem nordeste do Crveni Savez. Muito conhecida pela vasta e rica produção desal, é também chamada de “Minas de Ouro Branco” ou “Veredas de Sal”.

Descrição[]

Costa-do-Sal-provisório

Existem cinco grandes cidades nessa região. Quatro ficam nas margens do Lago-Oceano: Nowak, Slanog, Slan e Tuzlu; e Vila Alta, que fica próxima às Cataras do Rio Vermelho (a terceira e última grande queda do rio). Esta cidade abriga o “Porto Suspenso”, uma engenhoca à base de cordas e plataformas que viabiliza a passagem de cargas e mercadorias entre as partes alta e baixa do Rio Vermelho. A parte alta do rio corta toda a região dos Reinos Queimados até a sua primeira queda próxima à Espinha do Dragão.

Existem ainda mais seis vilarejos na região:  Remanso, no leito do Rio Vermelho; Boi Mocho e Padroeira a leste do Rio; e Carnaúba, Buriti e Viola a oeste.

Hoje em dia, as quatro cidades litorâneas são importantes centros comerciais do Crveni Savez. Todas são independentes, mas Nowak destaca-se como centro político da região.

Os homens ricos e principais governantes destas terras são conhecidos como “Barões do Sal”.

História[]

Parte 1

Segundo as lendas e memórias dos anciões, há acerca de três séculos e meio atrás esta região era constantemente alagada pelo Lago-Oceano, assim como acontece na região de Ranjari. Porém, ao invés de formar pântanos, esta região, que é mais seca, quando descoberta pela água formava grandes dunas de sal (o que também tornava a terra estéril). A abundância do sal trouxe enorme riqueza para os homens da região e foi durante muito tempo a principal moeda do oeste do Continente Eukin.

Contudo, a imprevisibilidade dos períodos de alagamento e seca era um problema para os “Barões do Sal”. Foi Nowak, um dos barões mais influentes da época, quem planejou e liderou os demais na construção de um elaborado sistema de pôlderes e diques para controlar o alagamento da região e aprimorar a formação das dunas em tanques de sal. Após uma década construindo e reconstruindo o sistema de pôlderes e diques, Nowak propôs a construção de um quebra-mar ao longo da região alagada, o que permitira a contenção dos alagamentos de forma permanente e a formação de um terreno perene. O quebra-mar serviria também como porto, facilitando o comércio com a região do Lago-Oceano, evitando atolamento de barcos grandes pela irregularidade de bancos de arreia e, também, para a defesa das cidades.

Apresar da desconfiança de muitos, Nowak foi um visionário e um líder nato. Conseguiu finalizar a construção do quebra-mar com vinte anos de trabalho duro, que exigiram muitos investimentos dos barões e, também, a vida de muitos escravos. Nowak ainda viveu o suficiente para ver os primeiros anos das cidades à beira mar e, também, o sucesso de seu ambicioso projeto. Morreu na cidade que leva seu nome, localizada na foz do Rio Vermelho.

Cultura[]

Esta região constitui-se por uma planície relativamente curta, espremida entre o Lago-Oceano e os barrancos das terras altas a norte. Também conhecidas como Veredas ou Estepes, sua vegetação é tipicamente rasteira, com campos largos e florestas bem pequenas (em sua maioria bosques) e com pouca variedade de madeiras. Como o solo é muito rochoso e plano, a principal atividade do povo dessa região é o pastoreio de gado, cabras e búfalos. Fora das cidades, os camponeses vivem em ranchos e sobrevivem comercializando carne salgada (carde de sol ou carne serenada), couros, leite e queijos.

Alguns fazendeiros conseguiram se estabelecer no leito do Rio Vermelho, que privilegia terras mais férteis, e, em sua maioria, cultivam trigo e algodão, além da pesca em água doce e a produção de insumos a base de barro, como tijolos e vasos. Mesmo assim, a produção de vegetais e grãos é escassa na região. Segundo as lendas, Nowak tinha planos de fazer um sistema de irrigação de água doce para fertilizar a terra assoreada. Porém, ele faleceu antes do início do projeto e seus sucessores abandoaram a ideia por achar mais lucrativo investir nas cidades costeiras. O único projeto levado a frente foi a construção do aqueduto que transporta água doce de Vila Alta a Slan. 

Nas cidades costeiras, a principal atividade é a produção e o comércio de sal. Em função do avançado processo de construção de salinas no litoral do Lago-Oceano, as terras próximas das cidades se tornaram improdutivas há muitos anos. Tradicionalmente, a alimentação dos moradores das grandes cidades é constituída à base de peixes, frutos do mar e dos produtos fornecidos pelos camponeses, mas como poder de troca de mercadorias é grande, é possível achar de tudo nos bazares, desde alimentos que não existem na região, a tecidos, gemas, porcelanato, móveis, tintas, livros, armas e armaduras, e o que se puder imaginar. Contundo, muitos desses luxos são privilégios para os Barões, comerciantes e abastados da região. Os trabalhadores e escravos raramente tem acesso a esses bens.

O comércio com o Crveni Savez é intenso e muito produtivo, o que gera muita riqueza na região. Mesmo que o sal já não seja mais a moeda do continente, ainda é um recurso valiosíssimo e praticamente exclusivo das cidades da Costa do Sal. Existe também comércio por dentro do continente com as tribos das terras altas, principalmente madeiras, e, ocasionalmente, com anões na Espinha do Dragão. Praticamente toda a produção de pedras e metais preciosos da Espinha do Dragão e da Serra da Moeda escorrem pelo Rio Vermelho passando por Vila Alta e Nowak.

Por estes motivos, o símbolo das cidades da Costa do Sal é uma balança com sal no prato direito e os dizeres: “Dois pesos, uma medida”.

Costumes locais:[]

Tradicional cantiga da região das Veredas do Sal, é ensinada para crianças e entoada em festividades:

"Urubu é vila alta,

mais idosa do sertão:

padroeira, minha vida

vim de lá, volto mais não.

Vim de lá, volto mais não?

Corro os dias nesses verdes,

meu boi mocho baetão:

burití  -água azulada,

carnaúba - sal do chão.

Remanso de rio largo

Viola da solidão:

Quando vou p'ra dar batalha,

convido meu coração..."

Nos ranchos é muito famoso também os churrascos no chão. Os rancheiros cavam buracos da terra e o preenchem com brasa para assar carnes. Isso não é um costume diário, mas é o centro de festividades regionais.

Padroeira[]

Escravos-Sal

A cidade de Padroeira é o povoado mais antigo desta região. Segundo os costumes, quando a região ainda era alagada sazonalmente e a planície era um grande deserto com dunas de sal, o acesso pelas encostas era muito perigoso. Pois a transição entre as terras alta e as dunas era muito escarpada, com barrancos e falésias. Nessa época os senhores fixavam troncos nas encostas com cordas para os escravos descerem e subirem com o sal coletado. Se as cordas não fossem jogadas, a pessoa estava presa no deserto de sal, sem água ou proteção. Na época, e durante muitas décadas, o morro de Padroeira era o principal acesso ao deserto.

Nesta cidade, vivia uma jovem filha de um senhor do sal chamada Lady Persinette. Ela possuía longos cabelos dourados que, amarrados como tranças, lembravam as cordas no morro. Segundo a lenda, Lady Persinette se apaixonou por um escravo e gerou um filho com ele.  Seu pai, furioso com esta vergonha, decidiu condenar à morte toda a família do escravo e destruiu todos os troncos na encosta no último dia da colheita de sal, no final daquela noite o mar voltaria a alagar a região. Lady Persinete, sozinha, segurou uma corda à beira da encosta para que os escravos pudessem subir novamente. O esforço destruiu suas mãos macias e o esforço fez com que o parte inicia-se prematuramente, matando a mãe e a criança. Os escravos, revoltados, se viraram contra seus mestres em busca de justiça. Os demais Barões, insatisfeitos com a revolta e com a atitude egoísta de seu colega, o entregaram à multidão em sinal de reprovação e paz. O Barão, pai de Lady Persinette, foi amarrado a um tronco e preso a encosta para morrer afogado.

Desde então Persinette é a padroeira protetora da região e dá nome à cidade. Na encosta, que ainda dá acesso às terras altas, existe uma estátua em sua homenagem e os viajantes sobem o morro em cordas fixadas a ela.

A estrada que passa por Padroeira e por Vila Alta são as únicas que ligam as terras baixas às terras altas.

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